ATA DA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 31-5-2006.

 


Aos trinta e um dias do mês de maio do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Cassiá Carpes, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Paulo Odone e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Carlos Comassetto, os Pedidos de Providência nos 1210 e 1211/06 (Processos nos 2902 e 2903/06, respectivamente) e o Pedido de Informação nº 138/06 (Processo nº 2984/06); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 1271, 1272, 1273, 1274, 1275, 1276, 1277, 1278, 1279, 1280 e 1281/06 (Processos nos 3056, 3057, 3058, 3059, 3060, 3061, 3062, 3063, 3064, 3065 e 3066/06, respectivamente); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 1255, 1256, 1257 e 1258/06 (Processos nos 2979, 2980, 2981 e 2982/06, respectivamente); pelo Vereador Mario Fraga, o Pedido de Providência nº 1259/06 (Processo nº 2983/06); pela Vereadora Maristela Meneghetti, o Projeto de Lei do Legislativo nº 105/06 (Processo nº 2657/06); pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de Providência nos 1139, 1140, 1141, 1142, 1143, 1144, 1145, 1172, 1173, 1174, 1175, 1176, 1177 e 1283/06 (Processos nos 2741, 2742, 2743, 2744, 2745, 2746, 2747, 2825, 2826, 2827, 2828, 2829, 2830 e 3070/06, respectivamente) e o Pedido de Informação nº 140/06 (Processo nº 3071/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10137993, 10139439, 10139468, 10139479, 10139518, 10139629, 10139784 e 10156342/06, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, foi realizada atividade física leve neste Plenário, de acordo com programação prevista no Dia do Desafio – Driblando a Inatividade, organizado pelo Serviço Social do Comércio – SESC –, sob a supervisão da Senhora Daniela Sangiovanni. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 100/06, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e José Ismael Heinen, e 103/06, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Professor Garcia, Claudio Sebenelo e José Ismael Heinen, o Projeto de Resolução nº 075/06, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Professor Garcia; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 094 e 095/06, discutidos pelos Vereadores João Antonio Dib, Professor Garcia e José Ismael Heinen; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 064/06. Na ocasião, o Vereador João Antonio Dib procedeu à leitura e à entrega, ao Senhor Presidente, de Requerimento de sua autoria, solicitando, nos termos do artigo 94, § 3º, alínea “i”, do Regimento, consulta à Comissão de Constituição e Justiça referente à legalidade do Decreto Municipal nº 15.194/06. Também, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos, da Professora Glaura Meurer e do Professor Tiago Maciel, do Colégio Sinodal do Salvador, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib mostrou-se contrário ao índice de reajuste dos vencimentos dos servidores municipais anunciados no Decreto Municipal nº 15.194/06, justificando que o aumento dos salários deveria ter sido maior. Nesse sentido, cobrou do Prefeito José Fogaça o cumprimento do disposto na Lei Municipal nº 9.870/05, que dispõe sobre a política salarial do funcionalismo público de Porto Alegre. Em prosseguimento, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da ordem regimental dos trabalhos, tendo o Vereador João Antonio Dib se manifestado sobre o assunto. Às quinze horas e quatorze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e quinze minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor João Gabardo dos Reis, Secretário Estadual da Saúde. Às quinze horas e dezesseis minutos, constatada a inexistência de quórum para ingresso na Ordem do Dia, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz, Haroldo de Souza e João Antonio Dib, este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza e pela Vereadora Manuela d'Ávila, como Secretária “ad hoc”. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Temos quórum para iniciar os trabalhos de hoje.

Certificado Mérito Comunitário - Dia do Desafio. O Serviço Social do Comércio - SESC -, a Tafisa-Trim e Fitness International Sport for All Association e a Prefeitura Municipal conferem Honra ao Mérito à Câmara de Vereadores de Porto Alegre pelo envolvimento e entusiasmo na realização do Dia do Desafio, comprovando que somente ações em parceria possibilitam a efetiva mobilização da comunidade. Everton Dalla Vecchia - Diretor Regional do SESC Rio Grande do Sul.

Nós apresentamos a Daniela Sangiovanni para o nosso Dia do Desafio. Boa-tarde Daniela.

 

A SRA. DANIELA SANGIOVANNI: Boa-tarde a todos, vamos começar, então? Vou pedir que todos fiquem em pé. Hoje é o Dia do Desafio, vamos então sair um pouquinho da rotina e vamos nos exercitar.

 

(Procede-se à realização da atividade física.)

 

(Após a realização da atividade física.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Agradecemos à Daniela Sangiovanni, do SESC. Esta é a participação da Câmara Municipal de Porto Alegre, no Dia do Desafio, driblando a inatividade. Certamente, amanhã, muitos não vão conseguir andar direito, mas tudo bem. Não é o caso da Verª Manuela d’Ávila, que estou chamando para apregoar as Proposições de hoje, como Secretária da Casa.

 

A SRA. SECRETÁRIA ad hoc (Manuela d’Ávila): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Agradeço à Verª Manuela d’Ávila, do PCdoB, pelo trabalho.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 2589/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 100/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui o Dia Municipal do Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte, a ser comemorado no dia 3 de agosto de cada ano, passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.

 

PROC. N. 2610/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 103/06, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que dispõe sobre a concessão de incentivo fiscal a empresas que admitirem empregados com idade superior a quarenta anos, em forma de desconto do ISSQN.

 

PROC. N. 2922/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 075/06, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede o Prêmio Leonel Brizola – Ética Política ao Senhor Matheus José Schmidt Filho, nos termos da Resolução n. 1.910, de 30 de junho de 2005.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 2282/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 094/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que acrescenta alínea “q” ao art. 4º da Lei n. 4.080, de 15 de dezembro de 1975, e alterações posteriores, que cria o Departamento Municipal de Limpeza Urbana, integrando um representante do CREA ao Conselho Deliberativo.

 

PROC. N. 2283/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 095/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que altera a Lei n. 2.312, de 15 de dezembro de 1961, e alterações posteriores, que cria o Departamento Municipal de Água e Esgotos, integrando um representante do CREA ao Conselho Deliberativo, o qual se reunirá com quórum mínimo de nove Conselheiros. Com Emenda n. 01.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. N. 1693/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 064/06, de autoria da Ver.ª Angelica Konzen, que institui, no âmbito do Município de Porto Alegre, o Programa de Incentivo e Qualificação Profissional para os Catadores e Recicladores de Lixo e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, há três Projetos em primeiro dia de Pauta. O Ver. Adeli Sell toma-se de amores pelos “azuizinhos” e faz com que a Câmara analise um Projeto de Lei instituindo o Dia Municipal do Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte, a ser comemorado no dia 3 de agosto de cada ano, passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Claro que o Presidente do Sindicato, Marcelino Pogozelski, vai gostar muito dessa idéia.

O Ver. Haroldo de Souza propõe a concessão de incentivo fiscal a empresas que admitirem empregados com idade superior a quarenta anos, em forma de ISSQN. Conhecendo, como conheço, o Ver. Haroldo de Souza, sei da sua preocupação com os seus semelhantes, especialmente com os seus semelhantes menos aquinhoados. Lamentavelmente, além da necessidade de estabelecer prazo de validade, na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal, teria que dizer como aconteceria o retorno; mas o mais lamentável é que as empresas aqui listadas, a indústria e o comércio, não pagam ISSQN, pagam ICMS. Então, o objetivo não será atingido. ISSQN só para serviços, e não comercialização ou industrialização.

E o Ver. Nereu D’Avila pretende conceder o Prêmio Leonel Brizola - Ética Política, ao Senhor Matheus José Schmidt Filho. O Dr. Matheus realmente merece, eu não tenho nenhuma restrição, e eu já disse isso publicamente; acho que o Ver. Nereu escolheu bem.

Os outros três Projetos já estão em 2ª e 3ª Sessão, e, na verdade, eu já disse que não concordo com os dois Projetos do Ver. Todeschini, que quer colocar o CREA no Conselho Deliberativo do DMAE e no Departamento de Limpeza Urbana, já que nós temos a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há engenheiros de todas as especialidades; temos o Instituto de Agronomia no DMLU. Então, não precisa de mais agrônomos. E temos a Sociedade de Engenharia em ambos os Conselhos. Nós temos engenheiros e arquitetos de todas as especialidades, não há por que aumentar o número de conselheiros.

Eu acho que um dos males deste País é que nós aumentamos o número de empregados, de conselheiros... Há 20 anos o Rio Grande do Sul tinha 233 Municípios; agora, há 496 Municípios de três, quatro, cinco mil habitantes. O que adiantou? Nada! Mas o que criou de problema para o Estado? Delegacias em todos eles, Juizado em todos eles, posto de atendimento médico em todos eles. Então, realmente, nós deveríamos concentrar mais os nossos serviços e não criar mais cargos, mais funções de conselheiros.

Eu dirigi o DMAE duas vezes com nove conselheiros, sem nenhum problema, todas as necessidades que o Departamento teve, aqueles nove conselheiros souberam honrar com as suas presenças, com o seu trabalho, dando significado às propostas que nós apresentamos. Portanto, eu não vejo por que acrescentar mais um jetom, ou melhor, mais cinco jetons por mês e sem nenhum aproveitamento maior, já que as suas presenças estão asseguradas pela Sociedade de Engenharia, pela Universidade do Rio Grande do Sul e pelo próprio Instituto de Agronomia. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Vereadores e Vereadoras, em Pauta, em 1ª Sessão, justamente um Projeto do Ver. Haroldo de Souza. O Ver. Haroldo de Souza tem-se ocupado, muito fortemente, em atender às pessoas de mais idade, da idade madura, o consumidor maduro. E ele está propondo um Projeto que prevê um incentivo para as empresas de prestação de serviços que admitirem pessoas com mais de 40 anos para seu quadro funcional.

Ver. Haroldo, há pouco atendi uma pessoa com mais de 40 anos, com 55 anos, e essa pessoa veio me dizer: “Eu estou aposentado com um salário mínimo. Tenho um filho com problema de doença do pânico; já vendi a minha casa, já vendi meu automóvel; estou morando de favor; quero voltar a trabalhar para ajudar a sustentar a minha família e o meu filho doente”. Quais são as alternativas, Vereador, para essa pessoa conseguir um emprego? São pequenas e difíceis. Muito pequena e muito difícil.

E aí, Ver. Haroldo, eu me apavoro, porque o jovem tem condições de se recuperar, de se equivocar, errar e dar a volta por cima. E o maduro? E o idoso? Que condições tem? Realmente, o seu Projeto precisa de um estudo forte em cima. V. Exª ainda colocou que os percentuais dos descontos serão estabelecidos pelo Executivo de forma a não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal e outras Leis que exigem que a cada redução de imposto corresponda um outro acréscimo, um outro ingresso de valores.

V. Exª foi cuidadoso em colocar essa disposição para que o Executivo, na regulamentação, diga que percentual ele pode estabelecer para isso, para que não influa na sua arrecadação, porque se efetivamente o idoso ingressar no mercado de consumo, no mercado de trabalho, ele vai gerar mais impostos, irá acelerar a arrecadação, sim, sem dúvida, e então irá compensar com um eventual subsídio dado às empresas que admitirem funcionários idosos.

Eu gostaria de cumprimentá-lo; acho que nós precisamos trabalhar em cima disso, pois têm muitas dificuldades ainda. Precisa de um diálogo forte com o Executivo. Mas é evidente que nós precisamos fazer alguma coisa pelos idosos, por essas pessoas que precisam retornar ou continuar no mercado de trabalho. Tristemente a nossa sociedade tem ficado só na intenção, embora o Estatuto do Idoso, embora outras intenções. V. Exª, Ver. Haroldo tem feito alguma coisa concreta. V. Exª está apresentando um Projeto para a análise dos Vereadores; vamos estudar e, quem sabe, chegaremos a uma boa solução em benefício dos idosos da nossa Capital. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, vou fazer a V. Exª um Requerimento por escrito. Na segunda-feira eu pedia ao Presidente da Casa que solicitasse as razões pelas quais o Executivo Municipal não reajustou os municipários no mês de maio, conforme preceitua a Lei. O Prefeito, no dia de ontem, sancionou um Decreto, estabelecendo que os servidores terão, em maio, 2,54% de aumento, quando o IPCA foi 4,63%. O Requerimento que eu faço a V. Exª é o seguinte (Lê.): “Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre: Requeiro a V. Exª, nos termos da alínea ‘i’, § 3º, do art. 94, do Regimento Interno, a imediata convocação da Comissão de Constituição e Justiça para a análise da legalidade do Decreto nº 15.194, de 30 de maio de 2006, assinado pelo Sr. Prefeito Municipal e publicado no Diário Oficial de Porto Alegre, nesta data, uma vez que a Lei nº 9.870, de 30 de novembro de 2005, que ‘Dispõe sobre a política salarial dos servidores da Administração Centralizada, das Autarquias e Fundações Municipais e dá outras providências’, é de clareza meridiana, quando afirma em seu art. 1º que os servidores serão reajustados com periodicidade anual e data-base de reajuste em maio de cada ano (está sublinhado) e no seu art. 2º, (que não deixa dúvidas) quando afirma, textualmente, que ‘O reajuste de que trata o artigo anterior será, para a data-base de maio de 2005 (portanto, no ano passado), de 4,51%, concedido em duas parcelas: uma de 2,42%, a contar de 1º de maio de 2005, e outra de 2,09%, não-cumulativa, a partir de 1º de janeiro de 2006’... - Portanto, esses 2,09% que o Prefeito tenta tirar dos servidores municipais, eram deles já em maio do ano passado -, ‘... restando evidente que os municipários têm direito à reposição integral de 4,63%, que é a perda inflacionária do período. Sala das Sessões, 31 de maio de 2006. Vereador João Antonio Dib”.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Agradecemos, e estamos encaminhando o Requerimento para as devidas providências.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, hoje, em 1ª Sessão, há três Projetos; em 2º Sessão, dois novos Projetos.

Primeiro vou falar dos dois Projetos que estão em Pauta, do Ver. Todeschini, que sugere que sejam colocados representantes do CREA junto ao Conselho Deliberativo, tanto do DMAE quanto do DMLU. Eu entendo que seja meritório, embora tenha outros engenheiros no Conselho Deliberativo.

O que me causa mais surpresa é que o Ver. Carlos Todeschini, durante 4 anos, foi Diretor do DMAE e não fez essa proposição. Na época em que esteve à frente do DMAE ele não propôs que fosse incluído algum representante do CREA. Então, deixo isso como questionamento. O Ver. Todeschini não se encontra no momento, mas, certamente, vai nos colocar por que não foi feito. Mas, de qualquer maneira, sou favorável, e entendo que os Conselhos Regionais devam, sim, fazer parte, com as suas representatividades, de mais instituições.

O Ver. Nereu D’Avila propõe o Prêmio Leonel Brizola - Ética Política, ao Sr. Matheus José Schmidt Filho, homem de uma conduta ilibada; foi Deputado Federal e, há alguns anos, é o Presidente do Partido Democrático Trabalhista. Entendo que seja pertinente a entrega desse Prêmio Leonel Brizola ao Sr. Matheus Schmidt, que realmente tem feito um bom trabalho em prol da ética e da moralidade política não só do Rio Grande do Sul, mas do Brasil.

O Ver. Haroldo de Souza está propondo a concessão de incentivo fiscal a empresas que admitirem empregados com idade superior a 40 anos, em forma de desconto do ISSQN. Entendo que esse assunto seja pertinente, mas nós temos que evoluir. Claro que nós somos Vereadores; então, o Vereador está agindo dentro do seu contexto. Mas, por exemplo, nenhum estabelecimento de comércio ou indústria de Porto Alegre pode se utilizar dessa Lei, porque ela não os contempla. A questão do ISSQN é referente a serviços. São empresas de serviços, e são, na sua grande maioria, pequenas empresas, com um, dois funcionários, na sua quase totalidade, e até empresas familiares. Mas eu acho que ele vem à tona trazer uma grande discussão. E, na realidade, no nosso País, o que nós temos que fazer, cada vez mais - e esse Governo perdeu uma boa oportunidade de fazê-lo -, é uma reforma ampla na questão tributária. Por quê? Porque está provado que, à medida que baixarem os impostos, aumentar a base de contribuição, as empresas terão muito mais condições de pagarem os seus impostos. Haverá menos sonegação no nosso País, e sabemos que a sonegação é paralela, porque a cada dia se ouve que algumas empresas não pagam determinados impostos, porque ficam esperando os ditos ‘Refis’ da vida.

Então, na realidade, nós temos que tratar isso com outra visão. E nos preocupa, sim, porque este nosso País é um País injusto, que tentou criar uma política de primeiro emprego, que não deu resultado, mas, ao mesmo tempo, quem entra no Programa primeiro emprego não consegue emprego, e, depois, aos 40 anos, a população é considerada idosa. Quer dizer, que País é este que quer fazer justiça social com tantas injustiças?

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Garcia. Cumprimento-o Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza. Eu o ouvia atentamente, Ver. Garcia, e lhe digo que fui diretor do DMAE e convivi com o Conselho Deliberativo, sempre presente; mesmo com quatorze membros, nunca havia menos do que uma dúzia de representantes presentes, religiosamente, todas as semanas. Então, o número não tem sido problema para a reunião de quórum; ao contrário, tem sido elemento de qualificação. Só para concluir, por que isto não foi proposto à época em que eu fui diretor? Porque, na época, eu não fui procurado. Agora eu fui procurado pelo CREA e julguei pertinente, sim, cabível. Mesmo tendo outros engenheiros, outros técnicos, o CREA é uma autarquia insuspeita, o CREA é uma autarquia que tem qualidade, altas virtudes e tem feito um trabalho exemplar. Ele tem qualidades que devem e merecem estar nesse Conselho.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador, exatamente, em momento nenhum...

 

O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Se entrar o CREA, Vereador, tem que entrar o Conselho Regional de Medicina, tem que colocar o Conselho de Bioquímicos, o Conselho de Bacteriologistas, de todos,...

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador Sebenelo, a minha função, como inscrito na Pauta, é analisar, à luz dos Projetos. Eu falei, inclusive, que não sou contra a questão do CREA; a única coisa com que este Vereador ficou surpreso foi com o fato de, durante a legislatura em que o Ver. Todeschini foi diretor-presidente do DMAE, não ocorreu, mas ele veio aqui e disse que nunca foi procurado; acho que é isso aí. A minha formulação é fazer a discussão e o debate em termos que sejam pertinentes.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Eu quero agradecer ao Ver. Professor Garcia, ao Ver. João Antonio Dib, e já estamos providenciando uma alteração nesse Projeto, no qual estamos propondo o favorecimento a quem empregue um senhor ou senhora com idade superior a 40 anos.

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, turma que nos visita, hoje, para nossa honra, há uma velha lenda da antiga Grécia: quando as pessoas chegavam a uma idade avançada, elas eram levadas para cima de uma montanha para morreram lá de fome, de frio. Para não serem mortas, elas optavam por morrer na montanha. Um dia, um jovem levou o seu pai para morrer na montanha e, com pena dele, por causa do frio, teceu-lhe um cobertor. Para surpresa desse jovem, o pai rasgou o cobertor ao meio. Ele perguntou: “Meu pai, por que rasgas um cobertor que poderia ser tão útil para ti no frio?” E o pai disse: “Não, eu gostaria de levar ele inteiro. Só estou te dando a metade de volta, para guardares este cobertor para o dia em que o teu filho te trouxer para cima da montanha”. Quer dizer, um dia todos nós vamos ficar velhos.

E aí eu queria falar sobre o Projeto do Ver. Haroldo de Souza, que é um Projeto voltado às pessoas que atingem 40 anos de idade e que, por uma questão da própria idade, são rejeitadas pela sociedade brasileira; ela é rechaçada na área do trabalho, ela não tem mais direito ao trabalho, ela não tem mais direito a permanecer como trabalhadora, com emprego para sustentar a sua família e para ter uma vida digna.

Esse Projeto do Ver. Haroldo de Souza, além de beneficiar o emprego acima de 40 anos, é um libelo, é um S.O.S., é uma forma de melhora das relações humanas, e é um Projeto, Ver. Haroldo, de grande ternura, que passa a se incomodar, a se preocupar com aqueles que passam a não dormir por causa do desemprego a partir dos 40 anos. Nós, aqui na Casa, permitimos furar a fila. Nós votamos a favor - e eu sou a favor - da criação da Secretaria da Juventude, mas existia - Ver. Haroldo de Souza -, na fila, na frente da Juventude, a Secretaria do Idoso, esse idoso que é esquecido no País. Nas tradições antigas, as tribos consideravam o velho um sábio, um conselheiro, um chefe, inclusive, durante as guerras; e na nossa sociedade ele passa a ser um material descartável. Nós tendemos ao predomínio da cultura jovem e esquecemos que o velho existe, que ele precisa de trabalho, que ele precisa de emprego, que ele tem experiência, que ele tem sabedoria, que ele não tem beleza física, mas que ele tem alma, e acho que por isso, um dia vamos fazer justiça ao idoso e vamos providenciar uma lei como essa, que, por uma questão de idade, faz com que o Município diminua os impostos da empresa que empregar pessoas acima de 40 anos de idade.

Esse é um projeto importante, pois faz com que tenhamos a renovação daqueles princípios da experiência, da sabedoria e, principalmente, da garra com que o idoso se atira ao trabalho, da sua paixão por aquilo que faz, porque ele gosta de trabalhar; trabalho não pode ser uma imposição, trabalho não pode ser uma obrigação, trabalho é um ato de amor, é um ato de gostar, é um ato de fazer as coisas pelo prazer imenso de fazer, de ser útil a uma sociedade; essa é a forma de trabalho. Não aceitamos mais a idéia de que trabalho possa ser, inclusive, uma forma de punição, não. Antigamente existiam trabalhos forçados, trabalhos escravos; hoje não, nós queremos que o velho trabalhe, mas que trabalhe pelo gosto, pela alegria de chegar ao fim do dia e saber que produziu. Muito obrigado. Meus parabéns, Ver. Haroldo de Souza.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em visita orientada à Câmara Municipal de Porto Alegre, ao Memorial e às dependências da Casa do Povo de Porto Alegre, acompanhados pelos professores Glaura Meurer e Tiago Maciel, recebemos 65 alunos da 7ª série do Colégio Sinodal do Salvador, a quem cumprimentamos e agradecemos.

Esta atividade faz parte do Projeto de educação política que o Memorial desta Casa desenvolve junto às escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Obrigado pela visita.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, estudantes, futuros políticos do Brasil que aqui estão, parabéns pela presença de vocês, público que nos assiste pela TVCâmara ameaçada, na Pauta de hoje temos aqui um Projeto, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui o Dia Municipal do Agente de Fiscalização de Trânsito e Transportes, a ser comemorado no dia 3 de agosto. Nada contra o Projeto do nobre colega, mas lembro que, no dia 12 de agosto, nós temos nossa proposição, que já passou em Pauta, o Dia do Agente de Segurança. Quer dizer, os Dias dos Agentes estão sendo propostos um próximo do outro. Mas, tudo bem.

Quero também relatar brevemente sobre o problema da inclusão do CREA nos Conselhos Deliberativos do DMAE e do DMLU, como sustentamos ontem. Quero destacar que nada tenho contra o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, muito pelo contrário, tenho um apreço muito grande, mas também não vejo a conveniência necessária devido à representatividade dos engenheiros, agrônomos já nesses Conselhos.

O que eu gostaria de ver é o nosso CREA mais preocupado com a desburocratização da nossa SMOV, da nossa PGM, da nossa SMAM, para que os projetos da casa própria sejam mais céleres, sejam mais rápidos, sejam mais simples, e, com isso, a acessibilidade à casa própria ao cidadão de Porto Alegre seja de menor custo. Por isso eu gostaria de ver o nosso CREA imbuído nessa luta, na luta da campanha que nós haveremos de fazer para buscarmos a regularização fundiária.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Nós já falamos, ontem, sobre isso, só quis me referir ao CREA, que eu tenho... Se V. Exª for rápido.

 

O Sr. Carlos Todeschini: Eu agradeço pelo aparte. Quero dizer-lhe que, pela experiência que eu tenho, o problema da burocratização que temos não é um problema do CREA; é um problema do excesso de legislação produzida por esta Casa. Então nós temos que alterar a legislação. Isso não é uma responsabilidade do CREA, e sim, desta Casa.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: V. Exª não entendeu minha colocação, nobre Vereador. Eu disse que eu gostaria de ver o CREA empenhado numa campanha para nos ajudar nesse sentido. Foi isso o que eu falei. E envio um abraço aos nobres colegas do CREA, por quem eu tenho muito apreço.

Eu quero aqui parabenizar o Projeto de Lei do Ver. Haroldo de Souza, ao menos o mérito deste Projeto, de darmos emprego para o cidadão acima de 40 anos. E, talvez, Ver. Haroldo de Souza, um incremento a mais seria para aquele que esteja acima de 50 anos, porque, à medida que a idade avança, a dificuldade de emprego do nosso idoso se torna cada vez mais difícil. O Projeto é meritório, é altamente meritório. E eu tenho o meu próprio testemunho, quando eu era executivo, administrava, e queria empregar uma pessoa que precisava do emprego, mas este, por ter mais idade, simplesmente era reprovado no exame de saúde, por picuinhas. Quer dizer, além disso, o idoso enfrenta essa impossibilidade, também, do perigo de ter um problema no fígado, no estômago, e não poder, pelas leis trabalhistas, trabalhar e buscar o seu sustento.

Então, parabenizo-o pelo mérito do Projeto; podemos colaborar, e, com certeza, V. Exª terá o apoio deste Parlamentar para que este Projeto possa entrar em vigor em Porto Alegre.

Quero retornar e pedir até desculpas para o nobre Ver. Carlos Todeschini, mas é que o tempo é premente, e todos os projetos são importantes. Voltando ao assunto, eu falei que o CREA pode nos auxiliar e muito em sugestões para a desburocratização da nossa Cidade. É nisso que eu gostaria que o CREA estivesse empenhado e não querer pedir para entrar numa comissão A ou comissão X, onde ele já tem a representatividade. Como eu falei, podemos colocar o CREA e tirarmos a Associação dos Engenheiros, a Associação dos Arquitetos, seja lá o que for. Como eu falei, nós temos de simplificar para que a simplificação se torne, também, mais simples, se torne mais efetiva. Muito obrigado, era isso a respeito da nossa Pauta de hoje, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. José Ismael Heinen. Está encerrado o período de Pauta.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, não se pode falar na política salarial do Município omitindo o nome deste Vereador. Não é falta de modéstia, mas é a realidade. No ano de 2003, em maio, quando S. Exª, o Prefeito João Verle, cortou a bimestralidade, este Vereador era Presidente desta Casa e manteve a bimestralidade. Manteve na forma da Lei e sem nenhum problema, porque entendia - e provou na tribuna - que o Prefeito poderia continuar pagando a bimestralidade no ano de 2003. Mas não pagou. O Tribunal de Contas, depois, confirmou a posição deste Vereador de que o Prefeito poderia ter pagado.

Quando o Prefeito Fogaça propôs uma nova política salarial para os municipários, a voz deste Vereador se levantou para defendê-la, até porque entendia que era mais conveniente aos municipários terem uma política salarial com base no IPCA do que no IGP-M, tanto que, nos últimos 12 meses, o IGP-M teve crescimento negativo: menos 0,33%. Agora, o Prefeito sanciona um Decreto dando aos municipários 2,54% de reposição salarial. Como eu avalizei a posição do Prefeito no ano passado - não só eu, a minha Bancada avalizou, assim como os demais Vereadores avalizaram, provando aos municipários, descontentes, que o IGP-M e a bimestralidade não eram mais a solução -, este Vereador foi ouvido por muitos dos servidores municipais,- até porque sou um servidor municipal por vocação, formação e convicção, fui Prefeito, fui Secretário de muitos dos servidores, e eles confiaram em mim -, passei a receber telefonemas na quinta-feira, quando distribuíram os contracheques das pensionistas e aposentados, e as pessoas me perguntaram: “Onde está a reposição salarial do mês de maio?” Na segunda-feira, eu pedi ao Presidente da Casa, Ver. Dr. Goulart, para que interpelasse o Prefeito, no sentido de ele explicar por que não pagou o IPCA para os servidores municipais no mês de maio, como manda a lei, como preceitua a lei aprovada por toda esta Casa.

Agora, já não me interessa mais saber por que ele não pagou. Ontem, ele editou um Decreto, atribuindo aos municipários 2,54% no mês de maio como perda salarial. Equívoco total de Sua Excelência! Desrespeito à aritmética, porque não se pode fazer conta de chegada! Repito: não se pode! O Prefeito mandou um Projeto de Lei, e aqui ele foi aprovado - claro, preciso, conciso - e, no art. 2º da Lei nº 9.870, diz o seguinte (Lê.): “O reajuste de que trata o artigo anterior será, para a data-base de maio de 2005” - data-base de maio de 2005 -, “de 4,51%, concedido em duas parcelas: uma de 2,42%, a contar de 1º de maio de 2005,...” E ele pagou retroagindo, porque a Lei só foi aprovada no dia 30 de novembro, e, em dezembro, ele pagou. “... e a outra de 2,09%, não-cumulativa, a partir de 1º de janeiro de 2006”. Portanto ele pagou durante quatro meses deste ano os 4,51% do ano passado, porque, durante sete meses, ele pagou apenas 2,42%, ele não pagou os 4,51%! E agora o Sr. Prefeito Municipal, com toda a sua assessoria, com todas as suas Secretarias, deseja diminuir os ganhos dos municipários, que são, sem dúvida nenhuma, os 4,63%, porque esses 2,09% eram do ano passado - maio -, e estão na Lei.

É por isso, Sr. Presidente, que eu solicitei que fosse convocada, imediatamente, a Comissão de Justiça da Casa, para definir sobre a legalidade do Decreto do Prefeito. O Decreto não se pode superpor a uma Lei, e o Prefeito está fazendo isso. É muita assessoria que ele tem para cometer um equívoco premeditado dessa forma!

Portanto, Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, esta Casa não pode aceitar o descumprimento de uma lei que gerou muita movimentação nesta Casa. Por isso o Requerimento que está em suas mãos deve ser submetido, sim, ao Plenário, mas a Comissão de Justiça deve ser ouvida imediatamente, e o Prefeito comunicado de que cometeu um tremendo equívoco, quando retirou dos municipários os 4,63% a que eles têm direito. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Solicito a liberação do painel, para que possamos entrar na Ordem do Dia, com a verificação de quórum.

(Manifestações fora do microfone. Inaudíveis.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Eu quero comunicar que eu não tinha nenhuma inscrição para Comunicação de Líder e não posso voltar atrás. Solicito a abertura do painel para entrarmos na Ordem do Dia. A contagem é de um minuto e trinta segundos.

 

(Manifestações fora do microfone. Inaudíveis.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não, não é normal, Antonio Dib! Não é normal! Eu estou já há cinco anos nesta Casa e eu vejo que as pessoas não pedem inscrição para Liderança. E é preciso estar perguntando: alguém, por gentileza, deseja o período de Liderança? Então, da minha parte, eu não volto atrás. Estou pedindo ao Ver. Luiz Braz que assuma a presidência nesta Casa. Porque, quando eu for Presidente desta Casa, vocês não tenham nenhuma dúvida de que será assim. Assim será, com certeza, para a gente levar um pouquinho de seriedade lá para fora.

Vocês estão dando risada, e eu nomino quem está dando risada: a minha querida Verª Maria Celeste está dando risada da minha decisão de eu dizer que um dia poderei ser Presidente. É um sonho meu, sim, o de ser Presidente desta Casa, um dia; e o dia em que eu for Presidente desta Casa, eu agirei desta maneira, dentro da lei. Não havendo inscrição aqui, a gente segue absolutamente a ordem dos trabalhos. Eu não estou voltando atrás. Por mim entraríamos na Ordem do Dia, porque, na real, é neste momento, sim, que nós entramos realmente para trabalhar nesta Casa.

Ver. Luiz Braz.

 

(O Ver. Luiz Braz assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Srs. Vereadores, eu peço que, por favor, se mantenham em seus lugares; por favor.

O Ver. João Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, o Ver. Haroldo de Souza realmente procedeu como deveriam proceder todos os Presidentes em todas às vezes, mas, como não ocorre isso, eu acho que vale continuarem as exceções que têm sido feitas; mas o Ver. Haroldo de Souza está absolutamente certo: não cabe ao Presidente perguntar quem quer falar em Liderança.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu vou suspender os trabalhos por um minuto, e peço que, por favor... Verª Manuela, eu estou suspendendo os trabalhos por um minuto e estou solicitando que os Srs. Vereadores venham até aqui para que nós possamos fazer uma reunião.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h14min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz – às 15h15min): Estão reabertos os trabalhos.

Queremos agradecer a presença do Secretário Estadual de Saúde, Sr. João Gabbardo dos Reis. Seja muito bem-vindo a esta Casa, Dr. João Gabbardo.

Não havendo o quórum necessário, apenas sete presenças foram registradas, nós damos por encerrada a presente Sessão e convocamos os Srs. Vereadores para a Sessão Extraordinária que terá início dentro de dois minutos, para que nós possamos cumprir a nossa pauta da Ordem do Dia, e, claro, abriremos espaços para que as Lideranças possam-se manifestar.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h16min.)

 

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